Empréstimo de até R$5.000 não entra no imposto de renda, veja como funciona

Receita Federal só torna obrigatória a declaração de empréstimo pessoal acima do valor

O período para declaração do Imposto de Renda teve início em 2 de março e prazo prorrogado até 30 de junho. A Receita Federal este ano espera receber mais de 32 milhões de declarações. Quem é obrigado a prestar contas precisa estar atento às informações de valores recebidos, a natureza dos recursos e despesas com saúde, educação e dependentes para não cair na malha fina.

De acordo com a Receita, devem declarar esse ano quem possuiu rendimentos tributáveis acima de R$28.559,70 em 2019. Caso contrário, será multado em um valor de 20% do imposto devido. Para quem solicitou empréstimo, vale ficar atento e seguir algumas dicas também, já que uma das principais dúvidas dos brasileiros é quando incluir o empréstimo ou crédito consignado na declaração.

Rogério Cardozo, CEO da Simplic (https://www.simplic.com.br/) – plataforma de crédito pessoal 100% online – explica que no caso de  empréstimos e financiamentos, as declarações são feitas de formas distintas e requerem cuidados. Pessoas que fizeram empréstimo no último ano no valor de até R$5.000 não precisam declarar – segundo orientação da Receita. A medida vale tanto para empréstimos com instituições financeiras e fintechs, quanto com amigos e familiares. Vale lembrar que o cheque especial também é considerado um tipo de empréstimo e por isso é preciso ficar de olho também.

Para valores acima, é necessário informar o empréstimo na ficha de Dívidas e Ônus Reais. Nesse espaço, terão fichas específicas para preenchimento de diversos casos de contribuintes. Ali será informada e confirmada a natureza da dívida e o CPF (CNPJ no caso de empresas) de quem concedeu o empréstimo. Caso haja alguma dúvida mais específica é recomendável procurar um contador para auxiliar no entendimento.

“O empréstimo tem de ser um organizador financeiro, um aliado. Antes de solicitar qualquer crédito, o ideal é colocar todos os débitos na ponta do lápis, calcular o valor devido e, assim, solicitar um empréstimo que ajude a pessoa a organizar as finanças, sem que as parcelas pesem no bolso. Na Simplic, por exemplo, são analisadas cerca de 10 mil propostas por dia e cerca de 55% dos brasileiros que solicitaram crédito no último ano afirmaram que iriam usar o dinheiro para pagar contas ou quitar dívidas”, comenta.